Quinta-feira, 11 de Abril de 2013

Sentimento estranho este....

 

 

 

Sentimento estranho...este...

 

De total não pertença de si mesmo....

 

Nem física  , nem muito menos psicológica....

 

Vida estreitando-se por um funil....

 

A medo me movo...

 

Persegue-me a própria sombra...num tempo sem sol....

 

Transfiguram-se as memórias, as recordações....

 

Sentimento estranho este....

 

Há medo dentro de mim...

 

Sinto-o porque me pesa...

 

O medo tem peso....podem ser quilos....

 

A insegurança é total....

 

Fustigam-me recordações de toda a espécie...

 

É insensato acomodar-me...

 

Mas o que fazer...????

 

Leio Vinicius com pressa....

 

Amou a vida....

 

Afinal tão fugaz....

 

 

 

 

publicado por ligeirinha às 02:05
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8 comentários:
De Maria João Brito de Sousa a 23 de Abril de 2013 às 20:01
Ainda a saborear o teu estranho sentimento... acredita que gostaria muito de, também eu, não ter de enfrentar mais esta situação de desgaste... mas é uma daquelas coisas que não se podem mesmo evitar... ainda hoje, só de escovar os dentes, se me partiu mais um, antes de ir para o hospital... já nem estranhei muito... estão todos a partir-se...
Vou "apontar" para não estar anticoagulada no dia 30. Se a médica assim o entender, faz logo uma das extracções... mas ainda vão ser muitas, fora os tratamentos.

Beijo grande, grande!
De poetazarolho a 11 de Abril de 2013 às 17:23
“Superação”

Desamar a vida hoje
Porque pesa o medo
Mas se a vida foge
Onde está o segredo

Ler Vinicius sem pressa
Poderá ser a chave
Mesmo não sendo essa
Alguma porta abre

Importa o momento
Do vazio mais puro
Onde nem o desalento

Consiga permanecer
Onde nada é seguro
Mas tudo ajuda a vencer.
De Maria João Brito de Sousa a 12 de Abril de 2013 às 00:12

Tudo o que é vivo supera,
Nos momentos decisivos
Situações que ninguém espera
Ultrapassáveis por vivos...

Por vezes até a morte
Pode ser ultrapassada
Porque a vida é muito forte
Se se sente ameaçada

E até já aconteceu
Sair dela, vencedor,
Um ser que quase morreu

Porque a vida, penso eu,
É a riqueza maior
Que alguém jamais conheceu...


Muito fraquito, mas aí vai com o meu abraço, Poeta!
De ligeirinha a 12 de Abril de 2013 às 10:56
Gostei muito, obrigada!
De Maria João Brito de Sousa a 12 de Abril de 2013 às 12:08
... mas ainda estás com esse coraçãozito todo partido

Esforço-me por deixar-te estas palavras... as teclas não obedecem, o navegador tremelica, o servidor serve... muito mal... e eu continuo sem "baterias"...
Vou telefonar hoje à minha estomatologista. Preciso que ela arranje umas horas para dedicar a este "desastre". Tudo terá de ser estrategicamente planeado... quando parar a Varfarina, quando iniciar a Enoxaparina sódica - dói pr`a burro... são injecções subcutâneas profundas na barriga e terei de as aplicar a mim mesma - e exactamente o dia e a hora de parar esta última, 24 a 48h antes de cada extracção... o risco de um episódio trombo-embólico diminui bastante se todos estes passos forem dados rigorosamente e no momento mais do que certo... mas exige uma coordenação perfeita entre o técnico de saúde e o paciente...


Beijo grande, Ligeirinha!
De ligeirinha a 11 de Abril de 2013 às 15:56
Que sagacidade perante a vida! És uma mulher de mão cheia....mas quando a ternura sai beliscada, nem que seja "fugazmente e intermitentemente " não há prazer em vivê-la....Só é bom o carinho , como o teu, que sempre me acolhe como se fosse uma princesa....Beijinhos enormes!
De ligeirinha a 11 de Abril de 2013 às 15:55
Que sagacidade perante a vida! És uma mulher de mão cheia....mas quando a ternura sai beliscada, nem que seja "fugazmente e intermitentemente " não há prazer em vivê-la....Só é bom o carinho , como o teu, que sempre me acolhe como se fosse uma princesa....
Beijinhos enormes!
De Maria João Brito de Sousa a 11 de Abril de 2013 às 15:24
Há uma beleza triste, delicada e frágil, neste teu poema, Ligeirinha... tentas, às tantas, sacudi-la... lês Vinicius - à pressa... - , reconheces a insensatez da acomodação... mas ela permanece lá... de que vale amar a vida se ela é, reconhecidamente, tão fugaz?


Abandonei por largos minutos a caixinha de comentários... perdi, algures, pela casa, a minha canequinha de chá. Procurei-a enquanto pensava que a única forma de verdadeiramente amar a vida é - para mim - aceitá-la na sua fugacidade... e de que nos serve, então, sermos amigas, lermo-nos mutuamente... para que servem estas palavras se, também elas, são tão fugazes? E sinto que é exactamente isso que importa. Amar as coisas fugazes oferece-nos a eternidade possível, tal como dar o nosso melhor em todas as coisas que nos surgem e que, sendo más, não podemos evitar e,sendo boas, podemos tornar melhores ainda... a alternativa seria uma única; desamar a vida... e eu não sei desamá-la

Um grande, grande abraço para ti, minha querida Ligeirinha!

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