Este trilho tão estreito e tão impessoal...
Apresentou-se como meu....
Despudoradamente....
Há tantos pedaços de mim , soltos...por aí....
Há gestos, há lágrimas espalhadas...
Ainda sem dono....
Enamorei-me de caminhos desconhecidos....
Atormentei-me com a incerteza de os encontrar...
Mas este trilho ...onde não cabe quase nada de mim....
Espera-me , eu sei....
Este trilho é a minha imensa solidão , feita de nadas...
Onde anda a ternura?
Sim...a ternura...o azul do mar ?
"Mar de almas"
Dor d’alma pungente
Busca o azul do mar
Não há alma qu’aguente
Tanto tempo sem amar
O amor não é urgente
Se o não sabem apreciar
Mas pode até ser ardente
Se o souberem encontrar
É caminho desconhecido
Este trilho em solidão
No meio da multidão
Vejo tanto irmão ferido
Suas almas num motim
Não vêem pedaços de mim.
MAR DE POESIA
Este "Mar de Almas" existe,
Espraiando, em ondas `scarpadas,
Lamentos de gente triste,
Gritos, rimas, gargalhadas...
Nesse mar, que em nós resiste,
Quantas ilhas encantadas
Já encontraste, já viste,
Pelas ondas naufragadas?
Navego, mesmo perdida,
Contra ventos e marés,
Sobre a onda indesmentida,
Sobre um mar que me convida
Tão só a molhar os pés...
Mas no qual mergulho a vida!
Maria João Brito de Sousa - 14.02.2013 - 15.34h
Aquilo que escrevo só vale pelas suas respostas, gostei imenso.
Nem pense nisso, Poeta!
Tem uma imaginação invejável ... e eu que não gosto nada do significado desta palavra... mas reconheço que tem essa enorme imaginação e uma infinita capacidade de encontrar as rimas certas no momento certo! Eu que lido com a poesia desde que me conheço, reconheço que tem uma ou outra lacunazita ao nível da métrica e da melodia do poema... mas, caramba! é uma coisa que perde todo o valor perante a sua capacidade de criar novos temas dentro do esquema do sonetilho, acredite!
Levei o link deste poema - e as respostas - para o Facebook, algures... partilho tanto que já nem sei onde anda... mas levei!
Poeta este comentário não tem nada a ver comigo , pois não?
Nem com "este trilho meu..."
Quando puderes comenta
Ligeirinha, tu desculpa-me!
Este sonetilho tem mesmo a ver com o teu poema, mas não de uma forma directa ou imediatamente perceptível... e eu deveria ter-to explicado! Mas as coisas pioraram ao nível das tensões arteriais e da mobilidade, estive tr~es dias (e umas horas...) sem computador e, agora, está-me a ser impossível, por mais "equijíbrios" que faça, retomar algum ritmo de publicação e interacção...
Quanto ao "Este Trilho Meu", é um belo poema, humano e frágil como todos o somos... uns assumem-no, outros não... uns sentem-se muitíssimo bem na sua fragilidade, outros procuram desesperadamente negá-la... este "trilho" parece-me fruto de uma constatação muito humana e muito lúcida de toda essa realidade. Magoado, muito triste por ter sabido constatá-lo, mas lúcido, acima de tudo, minha Ligeirinha.
Mais uma vez, perdoa-me a demora. Vou ter de andar por aí a pedir desculpas a muito mais "perfis" pois, conforme te disse, estou ainda mais diminuída.
Abraço grande, grande!
Obrigada poeta!
fico preocupada com a tua saúde.....
Assim sempre abaixo e acima(tão poucas as vezes...) , quando vais á consulta?
Beijo muito grande e abraço apertadinho!
Penso que seja no final deste mês ou princípio do outro, Ligeirinha... a de Medicina. A de Reuma é no dia 1 de Abril... espero que não voltem a trocar-lhe a data sem me avisarem...
Beijo e abraço muito apertadinho também para ti!
PS - Cheguei a perguntar-te pelas melhoras do teu marido... penso que foi num comentário do Face, já nem me lembro quando... mas a infecção já deve estar mais do que debelada... se bem que estas "coisas" tendam a tornar-se recorrentes, em muitos casos...
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